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Northtale Disponível no Brasil “Eternal Flame”, segundo álbum da banda do guitarrista brasileiro Bill Hudson

 

Northtale Eternal Flame 500px"Com NORTHTALE, eu queria começar a banda que não fui capaz quando tinha 16 anos"

Esta foi a declaração do guitarrista brasileiro-americano Bill Hudson, que fez seu nome nos últimos 15 anos trabalhando com artistas como Doro, Jon Oliva's Pain, U.D.O., Circle II Circle, Trans-Siberian Orchestra e I Am Morbid de David Vincent (ex Morbid Angel). Apesar destas grandes conquistas, foi só em 2017 que Hudson finalmente conseguiu realizar seu sonho de ter a sua própria banda, o NORTHTALE, e dois anos depois, de lançar o álbum de estreia “Welcome To Paradise”. No entanto, nem tudo foi um mar de rosas na banda e as “diferenças criativas”, algo muito comum na indústria musical, entre Hudson e o vocalista Christian Eriksson (ex-Twilight Force) fez que as coisas parassem por um tempo. Porém, em vez de desistir, Hudson optou por reagrupar a banda e tratar a estreia do NORTHTALE como uma demo para algo muito maior que chega hoje na forma de um novo álbum: “Eternal Flame”.

Este é, sem dúvida, o verdadeiro começo da história do NORTHTALE.

Em sua essência, o NORTHTALE é o projeto solo de Hudson da mesma forma que a lenda da guitarra Jeff Waters trabalha sob o nome Annihilator, mas o objetivo final sempre foi transformá-lo em uma banda de verdade. O NORTHTALE é fortemente influenciado pelos primeiros trabalhos do Stratovarius, o Angra da era do inesquecível André Matos e o Helloween da era Keepers, e todas essas influências podem ser ouvidas com uma clareza abrasadora no novo álbum.

"Quando comecei a excursionar como músico profissional em 2006, ninguém se importava com este gênero", diz Hudson. "As únicas bandas que existiam de Power Metal eram o Dragonforce e a banda em que estava, o Cellador. Já vi tantas tendências de metal ir e vir, e agora vejo todas essas bandas tentando soar como nos anos 80 ou 90. Comecei a pensar que talvez agora seja a hora de tentar fazer esse estilo de música de novo porque, no mínimo, ela vai alcançar pessoas como eu, que agora estão velhas (risos) e se lembram daquela época com carinho”.

É importante e justo dizer que tudo que Hudson já fez ao longo de sua carreira o levou a este ponto. E ele prontamente admite que todos os artistas com quem já trabalhou tiveram algum tipo de influência sobre ele de uma forma ou de outra, principalmente na forma como ele teve que tocar suas próprias músicas. E em alguns casos nem era uma questão de estilo. Por exemplo, “Eternal Flame” apresenta uma orquestração pesada em fusão com o som Power Metal da banda, e isto claramente foi inspirado pela experiência de Hudson tocando com o Trans-Siberian Orchestra.

Hudson: "Quando eu estava trabalhando com os outros artistas, eu tive que aprender essas músicas, então eu vi como as coisas eram feitas; não apenas as minhas partes, mas as partes de todos os outros também. Muito disso encontrou seu lugar na música do NORTHTALE, com certeza. O Power Metal que me inspirou não é aquela com riffs pesados; o foco geralmente está nos vocais ou nos teclados, então posso atribuir o som pesado do NORTHTALE ao trabalho com bandas de Death Metal como I Am Morbid. Os riffs pesados, o som da guitarra de sete cordas; o NORTHTALE é definitivamente mais pesado do que o Power Metal tradicional".

O NORTHTALE também é fortemente influenciado pela rica cultura musical do Brasil, terra natal de Hudson, algo que é mais aparente na faixa ‘The Land Of Mystic Rites’, que lembra um pouco a lendária canção do Angra, ‘Carolina IV’.

"O conceito de se inspirar nessa música veio do Angra", diz Hudson, "mas a maneira como eu a escrevi veio mais de minhas próprias influências. [Mas] Posso entender que as pessoas vão pensar que é inspirado pelo ANGRA se não estão familiarizadas com a música tradicional brasileira".

Além do som do NORTHTALE que abraça as raízes brasileiras de Hudson, temos também a entrada do vocalista Guilherme Hirose, da cidade natal de Hudson, São Paulo, e que chegou à banda mais pelo destino do que por qualquer tipo de planejamento. Depois da saída de Eriksson, Hudson começou as audições, optando por tentar encontrar um relativo desconhecido ao invés de usar um dos grandes nomes do metal que se encontram na discagem rápida do seu celular. No início, ele acabou escolhendo um cantor da Suécia, mas como o destino já estava traçado, uma audição final, que era de Hirose, mudou completamente o curso do NORTHTALE.

"Guilherme me mandou uma mensagem direta no Facebook em português dizendo que queria me mandar um material", revela Hudson. "Eu sou do Brasil e tenho orgulho disso, mas sei que é uma dor de cabeça levar gente do Brasil para os Estados Unidos, então não fiquei muito empolgado. Não precisava de outro problema geográfico porque já estamos espalhados entre aqui [EUA] e a Suécia e eu disse isso a ele. Eu disse basicamente a ele 'Obrigado mas não...', mas ele respondeu me pedindo para lhe dar uma chance. E o que ele me disse foi exatamente a mesma coisa que eu disse ao Cellador no dia que eu quis me mudar para os Estados Unidos. Eu decidi dar a ele uma chance e disse para me enviar seu material e ele explodiu minha cabeça".

"Quando eu escrevo as músicas, tenho um tipo de voz muito específico em mente e a única pessoa que foi capaz de acertá-la, até aquele momento, foi o Christian. Mas, quando esse garoto me enviou a primeira demo, eu não pude acreditar. Eu enviei a ele mais três músicas e ele explodiu minha cabeça com todas elas. Ele não era necessariamente melhor do que os outros caras que fizeram uma audição para NORTHTALE, mas ele era o certo para o que eu queria".

As sessões de gravação de “Eternal Flame” foram surpreendentemente tranquilas considerando que Hudson, seus colegas de banda e o produtor Dennis Ward (Pink Cream 69, Unisonic) estavam separados geograficamente devido à pandemia global. Impressionado com o trabalho de Ward, Hudson sentiu que ele era perfeito para o trabalho e não ficou nem um pouco decepcionado. Quando o plano original de gravar na Flórida, lar de Hudson, fracassou, Ward propus gravar o álbum usando o inovador software Audio Movers que permitiu a transmissão do áudio, nota por nota, em tempo real. Ward supervisionou todo o trabalho desde seu estúdio na Alemanha e, segundo Hudson, esteve envolvido com cada nota durante todo o processo.

"Meu próximo objetivo é levar todos nós, de alguma forma, para o mesmo estúdio", diz Hudson, "mas fora isso, esta foi a melhor coisa que poderia ter acontecido".

A cereja do bolo, além de um cover matador da música ‘Judas Be My Guide’ do Iron Maiden, é a participação mais do que especial do ícone Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray) na música ‘Future Calls’ que também conta com a participação do seu filho abrindo o caminho com um espetacular solo de guitarra.

"Eu tentei que o Kai produzisse o primeiro álbum do Northtale", revela Hudson, "mas ele não tinha tempo livre. Eu disse a ele que não me importava com o que ele fizesse em “Eternal Flame” – cantar, tocar um solo – contanto que eu possa escrever 'Apresentando Kai Hansen...' (risos). Ele sugeriu cantar alguma coisa e fazer seu filho tocar um solo de guitarra para que os dois estivessem na mesma música. Eu nem sabia que ele tinha um filho que toca guitarra e Tim fez um ótimo trabalho".

Refletindo sobre o quão longe ele chegou com o NORTHTALE, de ser um sonho até seu conturbado início, Hudson não esconde o quanto ele está satisfeito com o resultado final alcançado em “Eternal Flame”.

"Eu absolutamente amo o álbum e provavelmente já o ouvi mais vezes do que ouvi o primeiro álbum do NORTHTALE. Quando ‘Welcome To Paradise’ foi lançado, eu estava super animado e naquela época eu disse que era um álbum perfeito. Agora mal aguento ouvi-lo. ‘Eternal Flame’ não poderia ser melhor. É perfeito para os meus ouvidos... pelo menos até o próximo álbum”.

Adquira sua cópia no link https://bit.ly/2ZzBG0e.

Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records.

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